Nos últimos anos, quando comecei a refletir sobre a criação de jogos e observar com outros olhos jogos publicados, atentei também a questão da mecânica de solução de conflitos. Não é de meu interesse momentâneo refletir sobre a necessidade ou não, mas como são algumas mecânicas utilizadas.
Começando pelo D&D, sua edição 3.0 apresenta algo mais
fluente com relação às suas antigas edições. O resultado de um único dado é
somado para alcançar um número alvo ou ultrapassá-lo. Nas edições antigas e
algumas variações delas, como o Dragon Quest, era necessário executar
subtrações para saber qual o número deveria ser alcançado. Dragon Age usa o
mesmo sistema, mas com três dados. E com uma pequena variação, o guia de
iniciantes do A Song of Ice and Fire também usa este sistema.
Gostaria de saber se outros RPGs utilizavam esta mesma
mecânica antes do D&D 3a edição e esta é uma investigação para outro
momento.
Outro modelo é o rolamento é feito com um ou mais dados onde
o melhor resultado é para menos. Exemplos são Gurps e 3:16. Em Gurps, o
defensor faz uma jogada de defesa e o combate continua até seu desfecho e bônus
e redutores podem ser aplicados.
Alguns desenvolvedores escolheram substituir os bônus por
dados rolados e os dados têm resultados individuais. Exemplos são o novo Mundo
das Trevas, Terra Devastada e Shadowrun 4a edição, com as respectivas
probabilidades de 30%, 50% e 33,34%. Neste caso, o sucesso é determinado pela
quantidade de sucessos em cada dado. É fluente no sentido de que basta ler o
resultado de cada dado e saber se foi bem sucedido ou não.
Gilson
2 comentários:
A maior diferença não é nem no uso dos dados, nem no uso de moedas, dominós ou cartas de baralho, mas sim se a mecânica utilizada representa uma simples resolução de tarefa, ou uma abrangente resolução de conflito que sirva para avançar a história sendo contada.
Foi nesta mesma conclusão que cheguei depois de refletir sobre alguns jogos recentemente: Rastro de Chtulhu, Gurps, Dragon Age, Mundo das Trevas, Guia Rápido do Ice and Fire, Esteren, Zero, D&D e Terra Devastada.
Gilson
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