13 de agosto de 2010

RPG ainda é associado à violência



Por conta de uma parcela da imprensa, que não se preocupa em se informar para saber o que está informando, os jogos de RPG - pesquisados de forma séria cada vez mais por pesquisas científicas encabeçadas por psicólogos, educadores e outros profissionais - ainda são vítimas da representação social que é uma atividade que leva a crimes violentos.

Posso argumentar com propriedade, pois minha formação inicial é como comunicólogo, já trabalhei em grande jornal impresso, que tem empresas de rádio e TV afiliada de grande emissora, além de ter trabalhado em assessoria de imprensa e em agências de comunicação.

A afirmação ou pergunta que me fazem quase sempre, em conversas ou em apresentação em eventos, com professores universitários ou da educação básica é: “Esse jogo não está ligado a um assassinato?” Impressionante como no imaginário, desde 2001, os jogos de RPG sofram com esta triste memória por culpa de uma imprensa irresponsável, que não quer se informar adequadamente.

Todos os psicólogos que conversei explicam que ninguém comete um crime por causa de um jogo, filme, desenho. A pessoa nasceu com um problema de saúde mental, como é citado no doutorado de Carlos Klimick¹.

E agora, em 2010, a prefeitura de São Paulo, publica edital solicitando mestres e jogadores de RPG para diversas oficinas, usando esta atividade lúdica que alia diversas competências relevantes para o desenvolvimento de jovens e crianças. Aqui: Sistema Municipal de Bibliotecas de São Paulo

Ainda bem que pessoas e órgãos esclarecidos estão usando e divulgando os jogos de RPG com sabedoria.

Gilson

¹ PEREIRA, Carlos Eduardo Klimick. Uma ponte pela escrita. 2008. (doutorado)

3 comentários:

Unknown disse...

C'est curieux que partout dans le monde à peu près à la même époque, il y a eut des médisances sur le RPG.
Comme je disais, en France aussi, dans les années 90.

Unknown disse...

É estranho que em todo o mundo em volta da mesma época, havia algumas fofocas sobre o RPG.
Como eu disse, também na França, na década de 90.

Gilson Rocha disse...

Nos Estados Unidos também aconteceram coisas assim, inclusive com a criação de uma associação contra o jogo e outra associação para defendê-lo:

http://www.car-pga.org/

Gilson