1 de dezembro de 2009

{RPG e Educação} Na sala de aula, pesquisa acadêmica



Segundo Jaime Daniel, antigo diretor da Ludus Culturalis, que trata de RPG e educação, não existe receita de bolo para aplicar RPG em sala de aula, mesclando à educação, mesmo que hajam malucos por aí se auto-proclamando profetas do assunto.

Bem, Jaime me falou há vários meses, por email, da barreira imposta por professores com esse “tal de RPG” na sala de aula. A sorte que estou tendo contato com pedagogas e pedagogos, além de vários professores de licenciaturas, além de tantos outros que me conhecem quando apresento os resultados de minhas pesquisas, por enquanto bibliográficas apenas.

E é isto, algumas colegas de sala e outras dos eventos que palestro me convidaram para levar o RPG para seus alunos. Há duas experiências interessantes sendo viabilizadas, uma é com jovens e adultos (EJA) numa escola pública de periferia em outro município que não é Belém e outra numa escola particular com jovens em Belém. Outras/os professoras/es continuam interessadas/os, mas sou apenas eu em Belém, até onde sei, pesquisador de pós-graduação do RPG.

RPG e educação não é simplesmente aplicar o jogo. E, além disso, se a pessoa escreve mal, se expressa mal, não consegue interagir direito nem com “amigos” e não sabe respeitar, fica bastante complicado, para não dizer impossível. Essas informações eu obtenho observando os territórios digitais e as dinâmicas de relacionamento humano, além de experiências pessoais.

Gilson

9 comentários:

vulcão disse...

Tem coisas que eu não consigo entender...
Uma delas é como um orc pestilento e anti-social como tu se põe a estudar "as dinâmicas de relacionamento humano" (esse é um mundo estranho!!), mas ainda assim te acompanho e acho isso tudo muito legal...

Um ponto interessante é que muita gente acredita que o aspecto da socialização promovida pelo RPG (ou qualquer outra atividade de grupo - esporte, jogos, musica...) por si só irá gerar pessoas mais tolerantes e participativas na(s) comunidade(s) de que fazem parte.

Os forums de RPG são prova clara de que isso é falso

Não é um jogo (nem mil deles) que farão as pessoas "interagir direito" umas com as outras. É preciso ir além.

Mas, afinal, toda jornada começa com o primeiro passo...

[]´s

Gilson Rocha disse...

AHaHAhAhAhAh!! Me refiro à falta de pequenas coisinhas e palavrinhas mágicas: por favor, obrigado, desculpe, deixar o outro falar, respeitar a opinião diferente, saber ouvir e não ser o dono da verdade. Nestes pontos, sem modéstia, estou muito bem. Mas há ogros reais por aí.

Valeu! Abraços!

Gilson

Kuro Ookami disse...

Ei Gilson, eu estou montando uma pesquisa com RPG. Vamos manter contato por e-mail?
chibi.mokona@gmail.com

Gilson Rocha disse...

Já enviei email para você, e ele está no texto "sobre" ao lado.

Até!

Gilson

Guido F. Conti disse...

Olá Gilson,

Você comentou um erro de português num post meu e divulgou o seu site. Algo que considero positivo.

Como acredito que devamos semear uma cultura mais ativa dos jogadores perante a atividade no nosso país, seria no mínimo descortês não comentar nada neste post.

Não conheço sua formação. Parece ser humanista. Você é sociólogo ou pedagogo? Foi o que me pareceu pelo conteúdo do post.

Bem,só queria fazer uma pergunta: se RPG e educação não é só aplicar o jogo, como você definiria RPG e educação? Outra: se aplicado o jogo e, se mesmo que não haja qualquer relação com a matéria abordada dentro de sala de aula, os alunos consigam jogar, não há qualquer valor pedagógico? E o efeito agregador e intelectual estimulado pela atividade? É meramente disperdiçada?

Valeu pela atenção e sucesso.

Gilson Rocha disse...

Desculpe se pareci grosseiro, mas me dói alguns erros e vejo MUITOS nos blogs. Investi alguns segundos lhe corrigindo porque era sua assinatura. Alguns erros dos blogs de RPG vão da aberração ao grotesco surreal.

Sou publicitário, mas minha preocupação em escrever corretamente veio do RPG. Como em 1992 os computadores não eram o que são hoje, o acesso a eles, escrevia e reescrevia meus textos imaginários em cadernos velhos. Isso me ajudou no vestibular, na universidade, em redações comerciais dos empregos e para entrar e me manter no mestrado em educação.

Sucesso também!

Gilson

Gilson Rocha disse...

Não respondi sua pergunta. Acho que farei uma postagem dela.

Gilson

Guido F. Conti disse...

Concordo que existem muitos erros em blogs quando as pessoas se propõem a escrever sobre RPG (e assuntos diversos também, creio).

Mas certamente a carga intelectual que o RPG traz, assim como você relatou, é um fator que tende a estimular as pessoas a atentarem para a qualidade e a forma do conteúdo intelectual que está manipulando. A tendência, assim entendo, que estes erros diminuam quanto mais o agente se envolva na atividade.

Agradeço a resposta. Aguardarei seu próximo post sobre o assunto.

Saudações

p.s: Aproveito pra fazer um merchan básico:

Para os que se interessarem por RPG e afins, entrem aqui

http://www.worldrpgfest.com.br/blog/

World RPG Fest

Gilson disse...

Isso daria uma monografia, dissertação ou tese, na área de letras. Conheço narradores que, além de alegarem "jogar RPG corretamente", algo que não existe, escrevem muito errado em qualquer lugar e se expressam de forma errada na língua falada.

Gilson